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O nome da terceira bike vem da aventura conquistada nesse verão em que eu percorri toda a Carreteira Austral.
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Construí a bike ao mesmo tempo que fazia os planos para a viajem pelo Chile. .
Percorri 1334km de todo tipo de estrada de ruins, muito ruins a tenebrosas e até um pouquinho de alfalto perto de Coyhaique que tem pouco mais de 30 mil habitantes e foi a maior cidade que eu estive durante a viajem.
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Em outubro do ano passado estes três bambús abaixo já tinham começado a se transformar numa audaxiosa reclinada.
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Nesse estágio eu nem imaginava os grandes desafios que estavam por vir. Desafios estes principalmente relacionados ao alinhamento da caixa de direção, movimento central e o resto da bicicleta e também em relação a prender as gancheiras tudo isso levando em consideração que deveria ser atingido o máximo em resistência em cada parte.
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Durante a construção eu tive comigo uma outra bicicleta reclinada de um amigo como referência. A bicicleta é a reclinada IPÊ de um fabricante brasileiro. O nome se deve as primeiras bicicletas produzidas por ele que eram de madeira da árvore IPÊ.
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O principal motivo de ter essa bicicleta foi testar a ergonomia da reclinada com todos os ângulos possíveis referentes ao banco uma vez que esse projeto foi todo feito sob medida para mim e não ha possibilidade de ajustes. Para as distâncias entre banco e movimento central, etc eu não precisei nada mais que minhas próproias medidas.
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O último passeio dessa bike foi o AUDAX 300km aqui de Porto Alegre em que eu errei o percurso e com isso ganhei 18 quilômetros a mais, furou duas vezes o pneu traseiro cada furo separado 2min um do outro pois havia um caquinho de vidro escondido lá dentro. Outro infortúnio foi ter estourado um Power gel no meu bolso e com isso meu calção ficou um grude, éca!! Justamente por esses problemas no percurso que foi especilmente emocionante completar a prova em tempo.
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Meu próximo projeto em relação a essa bicicleta é desenvolver a tração dianteira que vai simplificar o sistema e possivelmente diminuir o peso pois diminui muito o comprimento da corrente. Antes disso pretendo criar um garfo de bamboo com o espeçamento necessário para introduzir um cubo "traseiro". Ao invés de usar somente uma grande polia, na altura do movimento central, quero por duas para repetir a experiência que tive com a MTB de "Retro-Direct Drive" em que ha uma marcha quando se pedala para frente e outra marcha pedalando para trás.
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A grande vantagem desse sistema é que além de possibilitar usar outros músculos tudo fica mais simples depois de ajustado.
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Link`s dessa bicicleta:
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Reportagem do RBS esporte:
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